Entre as principais funções do setor de recursos humanos está a realização de processos seletivos, isso porque, é dessa forma que a empresa contrata os melhores talentos. E é pensando nisso que as soft skills são cada vez mais avaliadas durante o recrutamento.
Com a mudança de comportamento do mercado de trabalho e a necessidade de desenvolver equipes multidisciplinares, as habilidades chamadas de soft skills e hard skills ganharam destaque e passaram a ser pontos chave para a melhoria da empregabilidade.
A partir disso, o RH passou a entender que um profissional pode ser avaliado não apenas pelos seus conhecimentos técnicos e formação profissional, mas também pelas suas experiências e aprendizados pessoais.
Sumário:
O termo soft skills trata-se de um conceito corporativo, mas que se relaciona com conhecimentos pessoais. Ele quer dizer sobre as habilidades desenvolvidas pelos profissionais e ligadas ao comportamento e reações diante de situações cotidianas.
De forma simplificada, as soft skills remetem à inteligência emocional de cada indivíduo, e dizem a respeito da forma que uma pessoa age em determinados momentos. Tudo isso está ligado às características emocionais e de personalidade, que impactam nas relações interpessoais de trabalho.
Ou seja, as soft skills são as características pessoais e subjetivas, e sem relação com competências técnicas. Elas são a forma como agimos, nos comunicamos e expressamos nossos anseios e desejos.
Sendo assim, no processo seletivo, o RH não deve apenas observar o currículo, mas também as experiências e a personalidade dos candidatos. Além disso, as soft skills podem constar no job description da vaga, fazendo com que o candidato realize uma autoavaliação das suas habilidades antes mesmo de se candidatar.
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As hard skills compreendem um outro lado de habilidades profissionais: o de conhecimentos técnicos e acadêmicos. Diferente das soft skills, as hard skills podem ser avaliadas ao observar cursos, treinamentos, especializações e outras formas de educação que validam um conhecimento teórico.
Para muitas empresas, essas habilidades ainda são o grande destaque ao contratar com funcionário. Porém, é importante ter em mente que isso não garante o sucesso de uma contratação, principalmente porque as soft skills têm a ver com o Fit Cultural e impactam no clima organizacional da empresa.
Vale ressaltar que, mesmo com essa mudança de comportamento, as hard skills continuam tendo peso quando o objetivo é alinhar expectativas da contratação. Afinal, muitas vagas determinam habilidades teóricas pré-estabelecidas.
Cada vez mais o setor de recursos humanos entende o valor das soft skills, isso porque são essas habilidades de inteligência emocional que vão impactar no dia a dia dos funcionários, e com isso no bem-estar do time.
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Essas características são fundamentais para manter o engajamento, foco e motivação dos colaboradores, uma vez está associado ao mindset da equipe e ao alinhamento de performance. Nesse ponto, ter habilidades interpessoais e saber se relacionar da melhor forma com diferentes perfis ajuda a manter equipes diversas sempre em harmonia.
Além das relações entre equipes, as soft skills também entram como destaque para a resolução de problemas. Afinal, habilidades como criatividade, resiliência e proatividade são importantes para que um colaborador tenha iniciativa de entregar uma solução sempre que necessário, e muitas vezes sem depender da liderança.
Outra vantagem de contratar de acordo com as soft skills, está no efeito coletivo que isso pode gerar. Um comportamento positivo pode transformar e influenciar um grupo todo, da mesma forma que uma atitude negativa também pode ser transferível. Aí está a importância de contratar o profissional certo.
Algumas delas podem fazer toda a diferença na hora da contratação:
Significa saber se colocar no lugar do outro. A empatia é importante em vários momentos da carreira, seja para entender os motivos que levam um determinado colega a ter dificuldades no ambiente de trabalho, solucionar conflitos ou resolver um problema do cliente.
Sabe aquela pessoa que sempre consegue enxergar uma oportunidade? Pois isso é uma soft skill também!
Às vezes, é difícil acreditar em um projeto ou meta, mas pessoas positivas tendem a encontrar resoluções de problemas com sua força de vontade. Pessoas positivas são aquelas que conseguem inspirar os outros e mantê-los nos trilhos, mesmo que um resultado não possa ser visto no curto prazo.
A facilidade de se adaptar faz do colaborador uma pessoa que trabalha melhor em equipe. Dentro de uma empresa, os funcionários mudam. De tempos em tempos são contratados novos membros e até líderes. Portanto, ser adaptável, nesse sentido, permite manter-se resiliente diante de qualquer novidade.
Não só na vida profissional, mas também nos compromissos pessoais, a gestão do tempo se torna uma soft skill muito importante. Quando o tempo é bem trabalhado, é possível fazer mais e gerar mais valor às atividades.
De nada adianta ser um especialista se a pessoa não conseguir controlar as diferentes emoções que a afetam diariamente.
Uma das grandes vantagens de quem sabe controlar as emoções é conseguir usar os momentos de estresse como gatilho para ser mais produtivo. Essa habilidade faz com que a pessoa saiba converter ambientes e situações caóticas em valor agregado, isto é, se beneficiar daquilo que é aparentemente ruim.
Quanto maior for seu poder de foco, mais rápido chegará aos seus objetivos – seja ele terminar uma sequência de tarefas ou subir de cargo. Atualmente, as empresas veem profissionais focados como aqueles com maior índice de desenvolvimento, e que, por consequência, também podem ajudá-las a crescer.
Você consegue reagir de forma positiva quando se vê em uma situação de pressão? Consegue superar adversidades sem ter reações explosivas? Se sim, você é uma pessoa resiliente.
Profissionalmente, em meio a tantas cobranças, é importante não deixar de manter a calma. Isso dará a força necessária para dar continuidade a projetos de longo prazo implantados em qualquer empresa.
Ser um facilitador ao passar as informações, traduzir o cenário, verbalizar de forma compreensível e clara as questões relacionadas ao trabalho.
Para avaliar as competências interpessoais de um candidato e como as suas experiências impactam no seu comportamento, o RH pode aplicar testes comportamentais e de personalidade.
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Nessas avaliações os candidatos são convidados a responder uma série de perguntas situacionais, ou seja, identificar qual a sua reação em determinado acontecimento e com quais comportamentos se identifica mais.
Essa é uma das formas mais eficazes de avaliar as soft skills, porém, outras práticas durante a entrevista também podem ser utilizadas. É importante fazer perguntas estratégicas e observar a reação, para além das respostas.
O RH pode conduzir a entrevista para que o profissional conte um pouco sobre experiências de trabalho em equipe, situações em que o candidato enfrentou um desafio, precisou pedir ajuda ou teve que assumir uma falha.
Por fim, o recrutador deve analisar as habilidades apresentadas pelo candidato com as necessidades da empresa, a fim de entender se a contratação está alinhada com as expectativas.
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