Como acompanhamos nos últimos meses, a humanização da marca empregadora, consequência da valorização dos profissionais, é um dos principais aprendizados para o RH em 2021. Entretanto, em contrapartida ao bem-estar dos funcionários temos a ascensão do cansaço no ambiente de trabalho. Ou seja, o esgotamento muitas vezes provocado pelo excesso de atividades, associado à síndrome de Burnout e a Fadiga Digital.

Durante o último ano diversas empresas tiveram que adaptar os processos, e a flexibilidade virou palavra de ordem. Mas junto com os novos modelos de trabalho, temos também os desafios para equilibrar a vida profissional e pessoal, principalmente trabalhando de casa.

Enquanto o equilíbrio desses dois âmbitos se tornou prioridade para a qualidade de vida, a realidade se mostra um pouco diferente: temos Fadiga Digital, com tantas estimulações virtuais, e o aumento do cansaço no trabalho.

Dados da International Stress Management Association (ISMA – BR) revelam que o Brasil é segundo país com maior número de pessoas afetadas pela Síndrome de Burnout. Por isso, para promover uma marca empregadora consolidada, que valoriza os colaboradores e cria o sentimento de pertencimento, é fundamental que a área de recursos humanos e gestão de pessoas trabalhem de forma estratégica contra os desafios do esgotamento profissional.

O que é Síndrome de Burnout?

A Síndrome de Burnout vem se tornando cada vez mais conhecida entre a população, e também um fator preocupante para o RH das empresas. De forma direta, a Síndrome de Burnout é um distúrbio de esgotamento mental causado pela tensão emocional e o estresse no ambiente de trabalho. Trata-se exatamente de uma exaustão devido à quantidade excessiva de trabalho, atrelado também ao sentimento de incapacidade de lidar com situações do cotidiano.

Vale ressaltar que, dificilmente, a Síndrome de Burnout tem uma causa única. A quantidade de trabalho é um fator de impacto, mas procedimentos altamente burocráticos, falta de autonomia, ausência de flexibilidade e reconhecimento, cobranças excessivas, pressão constante, longa jornada de trabalho e até mesmo ambiente abusivo e tóxico, podem desencadear sintomas da Síndrome de Burnout.

Com a pandemia, a Síndrome de Burnout sofreu agravamentos. Isso aconteceu por conta de dois cenários: a ausência de divisão do ambiente e tempo de trabalho x vida pessoal, com o home office, o que implica em trabalhar muitas vezes além do horário; e o medo decorrente do cenário econômico, e a necessidade de fazer cada vez mais a fim de ser indispensável.

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Principais sintomas da Síndrome de Burnout

O que é Fadiga Digital?

A Fadiga Digital ainda é um conceito novo para o RH, porém os sintomas estão cada vez mais presentes. De acordo com a Psicóloga Dora Sampaio Goes, a Fadiga Digital é uma sensação de esgotamento devido ao esforço recorrente e à quantidade de estímulos virtuais que enfrentamos diariamente. Um dos exemplos disso são as chamadas online para reuniões.

Dessa forma, fica claro que a Fadiga Digital se agravou com a pandemia e o modelo de trabalho online. Porém, isso não quer dizer que se trata de uma sensação exclusiva dos momentos citados anteriormente.

A sensação de esgotamento da Fadiga Digital também tem relação com a quantidade de energia que a mente gasta em uma interação online. Ou seja, nossas habilidades sociais de interação são treinadas para ler uma série de sinais não verbais, porém no digital muita coisa se perde. Ainda assim, temos outras distrações disponíveis com um bombardeio de informações.

Além disso, considerando o ambiente de trabalho, a ausência de contato pessoal implica também em relações mais distantes e no enfraquecimento do sentimento de pertencimento. Nesse cenário, as conversas cotidianas, o cafezinho no fim da tarde e até a troca de informações de ideias no trabalho são baixos ou nulos. Todos esses são fatores que direta, ou indiretamente podem afetar o esforço de marca empregadora das empresas.

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Fadiga Digital dos Colaboradores: Um novo desafio para o RH

Impactos do esgotamento no ambiente de trabalho

Diversos problemas de marca empregadora e cultura organizacional podem estar ligados à Fadiga Digital e a Síndrome de Burnout, impactando desde a operação até o relacionamento com os clientes.

Para os processos, podemos destacar:

Além disso, é importante que o RH entenda que os efeitos do esgotamento profissional também são negativos para a saúde do colaborador. Outra questão que tem influência na exaustão profissional é o desgaste dos colaboradores e das relações, sendo negativo para a marca empregadora, uma vez que o sentimento de pertencimento não é efetivo.

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Como evitar com o cansaço profissional?

O primeiro passo para lidar com a exaustão que causa a Síndrome de Burnout e a Fadiga Digital é entender o perfil dos colaboradores e identificar os sintomas citados. Para isso, o RH pode dispor de reuniões sobre o tema, pesquisas de clima, feedbacks sobre a cultura e principalmente o olhar empático dos gestores, de todas as formas é importante manter o canal de comunicação sempre aberto.

Agora, vamos apresentar algumas estratégias para evitar essas situações:

Humanize a cultura corporativa

A cultura corporativa é o ponto chave de qualquer ação voltada para os colaboradores, por isso é preciso definir, de forma transparente, os valores da empresa. A partir disso, é preciso pensar como eles impactam a vida dos funcionários, como: empatia, flexibilidade, transparência e valorização.

Incentive o cuidado com a saúde mental

A saúde mental é também um pilar para evitar a Fadiga Digital e a Síndrome de Burnout. Logo, ter uma política de saúde mental e bem-estar bem alinhada ajudará as empresas a reduzir a exaustão dos colaboradores.

Para isso, o RH pode propor rodas de conversas, palestras e até mesmo atendimento psicológico. Lembre-se: mantenha o diálogo sempre aberto e acolhedor, mostrando que a empresa se preocupa verdadeiramente com o colaborador.

Controle a carga de trabalho

Como vimos, uma das principais causas da Síndrome de Burnout é a quantidade excessiva de trabalho. Dessa forma, é precioso que o RH oriente os gestores sobre a importância de pulverizar atividades, assim todos conseguem manter uma rotina saudável de demandas e entregas.

Estimule momentos de descontração

Neste ponto, vale pensar em formas de tornar a rotina de trabalho mais leve, e mostrar aos colaboradores a importância de relaxar ou praticar um exercício. Na rotina de trabalho, é interessante aplicar ações como: ginástica laboral, massagem e meditação coletiva. Os momentos de descontração entre os funcionários como os cafés, comemorações e happy hours são também uma forma de evitar a exaustão no trabalho.

Estabeleça limites entre o profissional e o pessoal

Esse é também um dos fatores que têm relação direta com a Fadiga Digital e a Síndrome de Burnout. Como vimos, cada vez mais os profissionais sentem dificuldade de se desligar do trabalho e estabelecer o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Para resolver essa questão, é importante entender as necessidades de cada colaborador, e as expectativas que a empresa coloca em cima do mesmo. Trabalhar além do horário deve ser sempre uma exceção.

Ferramentas para otimizar o trabalho

Outra forma de evitar a sobrecarga dos funcionários é dispor das ferramentas certas para cada setor. Ou seja, contar com a tecnologia para otimizar processos manuais e burocráticos é uma ótima forma de evitar que os colaboradores percam tempo e se aborreçam com atividades maçantes.

Para o RH, por exemplo, podemos dispor de softwares de recrutamento e seleção que agilizam diversas atividades, como a triagem de currículos, aplicação de testes e automatização da seleção dos candidatos mais aderentes. Essa é uma das vantagens de recrutar com o Pandapé, ATS desenvolvido pelo Infojobs.

A Fadiga Digital e a Síndrome de Burnout, estimuladas pela exaustão dos funcionários, é um problema cada vez mais recorrente dentro das organizações. Porém, com os recursos e estratégias certas, é possível contornar o cansaço e o excesso de trabalho para promover um ambiente mais saudável e amigável.

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